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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Laudo do Instituto Pristino de 2013 anunciou Catástrofe em MG


  Um laudo técnico elaborado pelo Instituto Pristino a pedido do Ministério Público de Minas Gerais alertou, em 2013, sobre os riscos de rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (a 115 km de Belo Horizonte), da mineradora Samarco - Vale do Rio Doce.

A ruptura de duas barragens (além da do Fundão, a de Santarém também se rompeu) ocorrida na tarde de quinta-feira (05/11) no subdistrito de Bento Rodrigues provocou um desastre ambiental com muita destruição e mortes. Pessoas ficaram feridas, e equipes de buscas tentam localizar desaparecidos.
O relatório foi produzido pelo Instituto Prístino em outubro de 2013 e anexado ao parecer do MP em relação ao pedido feito pela Samarco Mineração ao órgão ambiental do Estado para renovar a licença de operação da barragem.
O documento chama a atenção para a proximidade perigosa entre a barragem do Fundão, para onde a Samarco destina o material descartado durante a mineração --como água, terra e restos de minério--, e o local onde a Mina de Fábrica Nova da Vale coloca rochas sem minério, chamado de pilha de estéril União.
"Notam-se áreas de contato entre a pilha e a barragem. Esta situação é inadequada para o contexto de ambas estruturas, devido à possibilidade de desestabilização do maciço da pilha e da potencialização de processos erosivos", diz o relatório.
Baseado nesse laudo, o MP recomendou à época "a elaboração de estudos e projetos sobre os possíveis impactos do contato entre as estruturas". Em seu parecer, o promotor de Justiça Carlos Eduardo Ferreira Pinto sugeriu realizar uma análise em caso de ruptura da barragem, monitoramento periódico e apresentação de plano de contingência em caso de acidentes.
Nada foi feito após emissão do laudo e a empresa continuou com a exploração do minério até o rompimento da barragem que resultou em uma das maiores catástrofes ambientais da história, resultando em 8 mortes até o momento e alto risco de contaminação de rios no estado de Minas Gerais e Espírito Santo.


Você pode ter acesso ao laudo completo do Instituto Pristino clicando AQUI.

fontes: UOL e Instituto Prinstino

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